Jorgina Maria de
Freitas Fernandes é uma ex-advogada brasileira, procuradora
previdenciária, organizou um esquema de desvio de verbas de aposentadorias que,
descoberto, ficou conhecido como "Caso
Jorgina de Freitas".
O total da fraude
chegaria a R$ 500 milhões, mais de 50% de toda a arrecadação do INSS à época,
estimada em R$ 1,2 bilhão. Foi condenada a 14 anos de prisão em 1992.
Punição
A descoberta do esquema
fraudulento que envolvia diversas autoridades, advogados, procuradores do INSS e
juízes no Rio de Janeiro teve
início a partir da denúncia envolvendo o então Ministro da Previdência, Antônio
Rogério Magri.
A ex-procuradora do INSS foi condenada em 1992 por
comandar uma quadrilha que desviou 310 milhões do referido órgão (dos quais
apenas 82 milhões foram reavidos).
Em 1997, Jorgina foi
presa na Costa Rica, para onde havia
viajado secretamente para fugir dos "rigores" da lei brasileira, e
posteriormente repatriada. Nesse mesmo período, após ser acusada de fraudar os
cofres nacionais, submeteu-se a cirurgias plásticas.
Teve o registro
profissional cassado pela Ordem dos
Advogados do Brasil, no dia 21 de fevereiro de 2001. Parte do dinheiro
desviado para outros países foi recuperado: foi a primeira vez que o governo
brasileiro conseguia reaver parte dos valores remetidos ilegalmente para outras
nações, num trabalho que serviu de aprendizado e parâmetro para ações
futuras.
Jorgina ficou presa em
regime fechado no Instituto
Penal Talavera Bruce, onde, entre outras atividades coordenava o concurso
"Miss Presidiária". Em janeiro de 2007 foi transferida para outro presídio,
também no Rio de Janeiro, onde lhe foi concedida a prerrogativa do regime
semiaberto, por meio do qual poderá sair e trabalhar, retornando apenas para
dormir na penitenciária.
Em maio de 2010, quando
mais de R$ 69 milhões subtraídos haviam sido devolvidos, Jorgina foi condenada a
devolver R$ 200 milhões, extensível também ao contador Carlos Alberto Mello.
Todos os bens dos envolvidos devem ir a leilão.
Em 12 de Junho de 2010,
Jorgina foi solta depois de 14 anos presa.
Referências:
- ↑ www.noticias.uol.com.br Leilão de imóveis de Jorgina de Freitas arrecada R$ 1,8 milhão no Rio de Janeiro
- ↑ a b Agência Câmara (24 de maio de 2005). Convenção pode facilitar recuperação de recurso desviado. Página visitada em 19 de janeiro de 2010.
- ↑ a b G1. (13 de junho de 2010). Condenada por fraudar o INSS, Jorgina de Freitas é solta no Rio. Acesso em 13 de junho de 2010
- ↑ a b Folha Online/Agência Brasil. (21 de maio de 2010). Advogada que deu golpe no INSS é condenada a devolver R$ 200 milhões. Acesso em 21 de maio de 2010
- ↑ a b Senado Federal (1992). CPI da Previdência - Relatório. Página visitada em 19 de janeiro de 2010.
- ↑ Maria Augusta de Albuquerque Melo Diniz (03.2001). Os aspectos principais da Previdência Social do Brasil.. Página visitada em 19 de janeiro de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário